Rádio Zona Dez

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Fraude exposta e assumida no futebol gaúcho


Por Wianey Carlet

Já escrevi que o Grêmio deveria conceder férias antecipadas para os seus jogadores e, assim, acabar com esta deprimente discussão sobre provocar a própria derrota diante do Flamengo. Para a minha aparente contradição, explico: se o Grêmio vencesse e a vitória levasse o Inter ao título, teríamos mortes no Rio Grande do Sul, tal é a ferocidade que marca a convivência entre os fanáticos que existem nas duas torcidas: gremista e colorada. Então, dos males o menor.


Já tivemos casos em copas do mundo em que duas seleções nacionais entraram em campo para empatar. Não esconderam as suas intenções. Pelo contrário, deixaram bem claro que estavam se beneficiando de circunstâncias especiais. O empate classificaria ambas. O comportamento das duas seleções não era confortável, embora compreensível. Jogavam a favor delas e não contra outro time. Quem compete, não pode desprezar os seus interesses.


Não é o caso presente. O Grêmio nada mais tem a fazer na competição, a não ser concluí-la com desportividade. Ainda se trata de esporte, lembram? Provocar a própria derrota diante do Flamengo não se justificaria por uma vantagem circunstancial, saída do regulamento. O objetivo é outro, nem um pouco grandioso.


Mas, nesta aldeia fervilhante de ódio, tudo se justifica se significar a desgraça do adversário. Adversário? Nada disso. Aqui temos inimigos e não adversários.


Neste momento, o papel de vilão está com o Grêmio. Em outros, será o Inter. Nesta guerra não existem mocinhos. Ah, mas os corintianos querem que o seu time perca para o Flamengo prejudicando, assim, o São Paulo. É verdade, o ódio não é exclusividade gaúcha.


Sabem, um dia virá em que torcer será mais importante do que "secar". Torcer, com o máximo ardor, é paixão. Vale a pena. Secar, furiosamente, é apenas doença.


A pior conseqüência destas atitudes — provocar a própria derrota para prejudicar terceiros — é a crescente desvalorização do produto chamado futebol. O futebol brasileiro, em certo momento, chegou a agonizar por falta de credibilidade. Quando a maioria dos torcedores se convencer de que existem resultados produzidos, será a morte do futebol. Já escrevi que o Grêmio deveria conceder férias antecipadas para os seus jogadores e, assim, acabar com esta deprimente discussão sobre provocar a própria derrota diante do Flamengo. Para a minha aparente contradição, explico: se o Grêmio vencesse e a vitória levasse o Inter ao título, teríamos mortes no Rio Grande do Sul, tal é a ferocidade que marca a convivência entre os fanáticos que existem nas duas torcidas: gremista e colorada. Então, dos males o menor.


Já tivemos casos em copas do mundo em que duas seleções nacionais entraram em campo para empatar. Não esconderam as suas intenções. Pelo contrário, deixaram bem claro que estavam se beneficiando de circunstâncias especiais. O empate classificaria ambas. O comportamento das duas seleções não era confortável, embora compreensível. Jogavam a favor delas e não contra outro time. Quem compete, não pode desprezar os seus interesses.

Não é o caso presente. O Grêmio nada mais tem a fazer na competição, a não ser concluí-la com desportividade. Ainda se trata de esporte, lembram? Provocar a própria derrota diante do Flamengo não se justificaria por uma vantagem circunstancial, saída do regulamento. O objetivo é outro, nem um pouco grandioso.


Mas, nesta aldeia fervilhante de ódio, tudo se justifica se significar a desgraça do adversário. Adversário? Nada disso. Aqui temos inimigos e não adversários.


Neste momento, o papel de vilão está com o Grêmio. Em outros, será o Inter. Nesta guerra não existem mocinhos. Ah, mas os corintianos querem que o seu time perca para o Flamengo prejudicando, assim, o São Paulo. É verdade, o ódio não é exclusividade gaúcha.


Sabem, um dia virá em que torcer será mais importante do que "secar". Torcer, com o máximo ardor, é paixão. Vale a pena. Secar, furiosamente, é apenas doença. A pior conseqüência destas atitudes — provocar a própria derrota para prejudicar terceiros — é a crescente desvalorização do produto chamado futebol. O futebol brasileiro, em certo momento, chegou a agonizar por falta de credibilidade. Quando a maioria dos torcedores se convencer de que existem resultados produzidos, será a morte do futebol.


Fonte: Blog do Wianey Carlet

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