Rádio Zona Dez

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Policiais civis juntam as mãos em manifesto por melhorias

Criciúma – Policiais civis do Sul de Santa Catarina uniram-se de mãos dadas para dar a largada ao movimento pacífico que a categoria desencadeia em todo o Estado a partir desta quinta-feira. A manifestação de delegados, agentes, escrivães e psicólogos ocorreu em frente à Central de Polícia, no bairro São Luiz, por volta das 14h30min. A imprensa da cidade compareceu em peso para cobertura jornalística do ato: jornais, rádios, TVs e sites estamparão as reivindicações dos servidores de segurança pública, grupo da Polícia Civil.

De acordo com o delegado Ulisses Gabriel, esta foi a primeira ação, deflagrada inicialmente em Criciúma e que se seguirá por todo o Estado. São atos simbólicos, como o ocorrido em frente à DP, outdoors, camisetas, entre outras estratégias. O próximo passo serão ações sociais: doação de sangue por parte dos policiais e de cestas básicas, por exemplo. Se a situação de reivindicação continuar, então, os policiais civis, num terceiro momento, partirão para operações padrão.

“Esta manifestação faz parte da mobilização dos integrantes da Polícia Civil após não serem recebidos pelo governador do Estado. É um movimento pacífico”, definiu a autoridade policial. As principais reivindicações dos PCs é a carreira jurídica para delegados, vencimento por subsídio, com o fim dos chamados “penduricalhos” da folha de pagamento, e incorporação de novos policiais para suprir a carência de efetivo, sendo que há mais de um ano está aberto o concurso público e os aprovados não são convocados.

Enquanto que o delegado André Mendes da Silveira comentou que união é na tentativa de reabrir o diálogo com o governo. “O policial civil não pode ficar doente ou se aposentar, porque perde os “penduricalhos” agregados ao seu salário se estiver afastado da atividade. E também é inexplicável a administração estadual ter fechado as portas de diálogo com os movimentos sindicais e associações da categoria”, apontou. Ele ainda desabafou: “É fundamental que o policial possa ir para casa e dar dignidade para sua família”.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Segurança Pública de Santa Catarina (Sintrasp), Carlos Alberto da Silva, compareceu ao lançamento do movimento no Sul do Estado e discursou: “É falta de sensibilidade e respeito com uma das melhores polícias do País. É necessário que o Estado venha conversar e pare de criar comissões de negociação pela imprensa”. O líder sindical garantiu que a paralisação das atividades será a última atitude da categoria.

Representando os agentes e escrivães, o policial Arilson Nazário enfatizou que, mais uma vez, os policiais civis precisam vir ao público para emitir alerta quanto à situação da instituição. Isso, porque, desde 2008, tem diminuído as aposentadorias, mas, em contrapartida, aumentado as exonerações a pedido de jovens policiais com até três anos de serviço. O significado disso, segundo ele, é que os antigos não saem para não perder os abonos que não estão atrelados ao vencimento, enquanto os mais novos partem para carreiras melhor remuneradas.

Informação: Delegado Alexandre Meyr - Da imprença de Criciuma - Fotos Taize Pizoni



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